Crítica: Os Fantasmas Ainda se Divertem
“Os Fantasmas Ainda se Divertem” é uma continuação bem feita, distribuída pela Warner, daquele que se tornou um clássico do cinema da década de 80.

Lydia agora é uma adulta e ganha a vida com seu programa de TV, que aborda o sobrenatural. Com um relacionamento difícil com sua filha, Astrid, a família se une novamente quando seu pai morre e voltam para Winter River. Contudo, Lydia já sofria com visões de Beetlejuice, que ainda assombra sua quase esposa afim de conseguir se casar. Entretanto, no mundo dos mortos, conhecemos Dolores. Ela é um fantasma capaz de sugar a alma dos demais e ex-mulher de Bettlejuice, que agora busca por ele para ter sua vingança.
Assistir ao filme logo após de revisitar o original nos faz perceber que o original não era tão bom assim. Afinal, assim como em “Os Fantasmas se Divertem“, Beetlejuice se destaca como personagem para além da história e humor que o longa propõe. E aqui não é diferente, se não pior.
A sensação final é de que tudo não é bem dosado. Dolores, um personagem com grande potencial, pouco aparece em tela. Um policial, quer dizer ator, tem cenas que parecem intermináveis. O drama familiar ganha um destaque, se expande com um possível relacionamento de Astrid com um rapaz morto que, em segundo tudo acaba e fica por isso mesmo. Beetlejuice sempre teve como a imprevisibilidade como sua maior característica. Mas dessa vez, previsível se tornou e quando quebra isso, é frustrante. Na tentativa de atualizar a narrativa, o longa escancara o fato de que seu sucesso dependeu da época de seu lançamento.
“Os Fantasmas Ainda se Divertem“, mas será mesmo? Ou, se não, talvez apenas eles se divirtam.