Crítica: Monstros – Irmãos Menendez
“Monstros – Irmãos Menendez” é a sequencia da antologia de true crime da Netflix que vem trazendo, ainda mais, um hype encima desse gênero.
Erick e Lyle Menendez, em 1989, foram responsáveis pela morte dos próprios pais. Assim como deveria ser, ver dois irmãos cometendo esse crime, sendo ricos e com vidas aparentemente confortáveis, chocou a sociedade. Mas, para além do crime, o caso fica ainda mais famoso quando, durante o julgamento, várias versões e histórias são reveladas e coloca os pais também como figuras a serem questionadas. Sendo assim, com mais um caso midiático, a antologia se destaca com uma qualidade incrível e atuações de tirar o fôlego.
Uma coisa que é sempre bom lembrar, a série é uma adaptação dramática baseada em fatos reais e que, por isso, toma liberdade para explorar em tela algumas questões que podem ou não ser reais. E é aqui que a série ganha mais destaque ao expor a versão da defesa, ilustrar ela graficamente e dar corda para o relacionamento dos irmãos.
Agora, se tem algo que deixa essa temporada na história é o quinto episódio. O monólogo de 33 minutos de Erick ao relatar os abusos sofridos, com uma câmera focada apenas na atuação e expressões de Cooper Koch, sem cortes, é impecável. Quando a advogada diz que acredita em Erick, essa é a sensação que nós como expectadores temos após o episódio, de forma intimista e assustadoramente convincente.
“Monstros – Irmãos Menendez” é uma continuação digna. Apesar das críticas anteriores, no caso Dahmer, justificadas por uma repercussão assustadora com pessoas admirando os atos, que se repete aqui, é importante conhecer para crescer. Menos intensa, mas mais novelesca, a temporada consegue se estabelecer, manter a unidade, mas também se destacar.