Crítica: Os Horrores de Caddo Lake
“Os Horrores de Caddo Lake“, original MAX, vão muito além do título. Afinal, entrega um filme confuso, mesmo se você captar o roteiro.
Ellie e Paris vivem em Caddo Lake. Apesar de nunca terem se encontrado, após o desaparecimento de uma garota de 8 anos, eles vão descobrindo como suas vidas então conectadas. Porém, tudo isso acontece ao mesmo tempo, mas em diferentes linhas do tempo. Sendo assim, o filme vai nos mostrando tudo de forma picotada para que, no final, tenha seu sentido.
O filme é um mistério com ficção científica que envolve viagem no tempo. Isso, por si só, já é um terreno perigoso quanto ao como o roteiro precisa ser bem amarrado para não gerar a confusão. E, ao menos para mim, o caso é da confusão. Afinal, por mais clara que as coisas pareçam ser, a forma com que acontecem não é nada natural.
Contudo, podemos dizer que isso é uma marca do produtor. Shayamalan é mais conhecido por “Sexto Sentido”, um filme que ganha uma nova perspectiva quando vemos que desde o início temos pistas do grande mistério. Isso acontece aqui, mas não é como se essas pistas deixassem os mistério, mas sim são deixadas para confundir. Desde o início temos a viagem no tempo bem clara, mas isso faz com que a relação entre os personagens seja o mistério. Contudo, assistindo ao filme, por mais que tentem bastante dar a ideia de que é importante, na realidade não é. Sendo assim o mistério é entregue e a resolução volta ao ponto inicial, apenas com uma nova informação.
“Os Horrores do Caddo Lake” são, talvez, a mensagem de que tem muita coisa na sua vida sem sentido e que mesmo com a resposta, nada de fato vai mudar.