Crítica: 13 Sentimentos
“13 Sentimentos” é uma comédia romântica nacional que conta a história de um homem que, após um relacionamento, volta para a vida de solteiro.
João é cineasta e após 10 anos, termina seu relacionamento com Hugo. Dizendo para todos que está tudo bem, em meio aos desafios da profissão, ele retorna para as paqueras do mundo gay. Entre aplicativos, encontros e desencontros, acompanhamos João enquanto ele tenta terminar seu novo projeto enquanto, de certa forma, se conhece e se transforma.
Para pessoas do meio artístico, o filme ganha uma identidade maior. Afinal, quantos não tivemos projetos negados por conta de corte de verbas, tendo então que recorrer a editais culturais? Quantos que, após uma estabilidade ilusória, seja de carreira ou em uma relação, não nos deparamos com algo que nos faz transformar e reinventar. E quando nossa estética ou modelo acaba tendo que se portar como as normas de mercado?
Vendo por esse lado, temos muitos sentimentos no filme para interpretar. Não tendo esse contexto, o filme perde boa parte de seu peso. Ao final, acabamos nos deparando com um homem que, após um término, tenta ignorar tudo até que isso explode. Mas, até isso acontecer, muito antes de seus amigos, o expectador já toma tanta antipatia que se manifesta, se distraindo. Contudo, isso quase podia passar despercebido, mas não acontece. Esse filme é um ótimo exemplo para quando citar a importância do elenco de apoio. Afinal, o protagonista é chatinho, e os personagens entorno dele são iguais ou piores. Até mesmo para aqueles que buscam produções mais “hot”, provavelmente vão se decepcionar com as cenas.
“13 Sentimentos“, na verdade, se resume em alguns poucos, dentre eles o tédio e a preguiça.