Crítica: Assunto de Família
O filme se destaca por mostrar uma família japonesa nada tradicional. Em meio aos acontecimentos, vamos refletindo e nos impressionando com cada um deles.
Sabendo da história, me perguntava porque de um tema relativamente normal estar sendo indicado ao Oscar 2019. A verdade é que o filme mostra uma família japonesa mais autêntica e bem diferente do que nos é apresentado.
Logo nas primeiras cenas temos o esquema de roubo de um supermercado protagonizados pelo “filho” e seu “pai”. Após levar itens de alimentação e higiene, na volta para casa se deparam com uma garotinha e a levam com eles. Em seu lar reparam as marcas de agressão e num ato que parecia bondoso resolvem ficar com ela.
Mas as coisas vão mudando de acordo que o filme nos apresenta a história de cada um. O pai, além dos furtos, é um trabalhador que, apesar de não deixar claro, parece ter forjado um acidente. A mãe, que trabalha numa lavanderia também pega coisas que os clientes deixam nas roupas. A avó, dona da casa, recebe dinheiro da família de seu ex marido enquanto abriga a filha do casal em segredo. Essa filha, trabalha em casas eróticas e as crianças roubam tudo que conseguem, tudo mesmo.
Ainda assim parecem apenas uma família que comete esses atos para sobreviver. Tudo vai sendo revelado ao longo do filme de forma que ele não fique tedioso, mesmo não tendo grandes momentos de emoção. Mas toda essa união se vai quando a doninha morre em sua casa. Nos é revelado todos os segredos quando o filho é pego pela polícia e acompanhamos o desfecho da história.
Uma família nada perfeita, mas unida não pelo sangue e sim pela escolha. Cada esquema é uma surpresa e, apesar de não achar que vença, mereceu a indicação.
Me despertou o interesse
é um filme interessante
É um bom filme. Vale a pena assistir.