Crítica: Coringa
‘Coringa‘ é um respiro desconfortável no gênero dos filmes baseados em heróis. Mas não se enganem, essa afirmação é de longe negativa!
Devemos reconhecer que filmes baseados em heróis vem sendo apostas certeiras para o mercado. Mas Coringa chega com o desafio de retratar um, se não o maior, vilão desse gênero. Tão icônico como deveria, não é possível se falar desse filme sem trazer um pouco das diversas outras facetas que o personagem teve. Afinal, parte do charme dele é justamente toda a loucura que traz.
Porém, nesse novo retrato temos um mais ‘pesado’ para se pensar. Dessa vez, somos levados a um filme de origem onde a maior parte das características das produções baseadas em quadrinhos não estão presentes. Aqui não temos um vilão, ou melhor, herói para contracenar com o principal e muito menos cenas de ação recheadas de efeitos e lutas. O maior destaque no filme é certamente essa caracterização de alguém que, com as devidas casualidades, veio a se tornar dessa forma.
É por conta desse detalhe também que o filme recebe críticas com a violência. Não que dizer que todos possam a vir se tornar grandes vilões por terem vidas complicadas! Mas devemos estar atentos que com as sugestões de Arthur sofreu, somado as suas características mentais e o ambiente onde estava, o impulsionaram a fazer tudo.
Toda visão de mundo do personagem é transparecido para o espectador. Durante o filme temos que estar atentos! Muitas cenas são retratadas do ponto de vista de Arthur e tão quanto elas coincidem com a realidade. É sempre uma dúvida, ‘essa pessoa conversou com ele?’, ‘realmente isso aconteceu?’, ou ‘onde começam os delírios?’.
‘Coringa’ é um filme da Warner que consegue se carregar livremente sozinho. Mas também é tenso de se assistir, e isso é bom!
Não é atoa que Joaquin Phoenix ganhou o oscar de Melhor Ator. Ótimo filme
É difícil imaginar ele e a Alerquina juntos…
Filme muito bom.