Crítica: Pantera Negra
“Pantera Negra” é um filme da Marvel que conquistou seu lugar mesmo antes de sua estreia. Dessa forma, sua escolha para participar do festival “Juntos Pelo Cinema” se faz mais que certeira.
A primeira aparição do personagem em “Capitão América: Guerra Civil” já deixa claro sua capacidade de destaque. Mas é em seu próprio filme solo que todo potencial aflora quando, por meio da “fórmula Marvel”, deixa uma discussão histórica e cultural claramente mostrada no universo dos heróis. T’Challa assume de vez o trono de Wakanda após os acontecimentos de Guerra Civil, mas logo de início Killmonger surge exigindo o direito ao trono. O que seria uma simples questão de sucessão, se mostra também uma provação pessoal para T’Challa, afinal Killmonger é também seu oposto completo. Ambos são considerados as duas faces da mesma moeda.
Dito isso, não é de se estranhar que Killmonger é um dos melhores vilões do MCU. Inclusive, seu embate gera mudanças na visão do Rei e sua decisão em tornar Wakanda mais aberta ao mundo. Mas para além desse conflito, o filme é o que mais apresenta personagens interessantes. Todas as Dora Milaje, a guarda real, e Shuri, irmã de T’Challa, são os melhores exemplos disso. Também tem toda a tecnologia de Wakanda e o papel dela no futuro do MCU.
Fora das telas, além dos recordes, também se abriram novos debates. De início, a clara questão da representatividade com a saudação de Wakanda sendo repetida por inúmeras pessoas e de diferentes idades. Depois, a nomeação ao Oscar após o debate de 2018 sobre os “filmes populares”. E, agora, com a morte de Chadwick Boseman, que novamente fez o filme bater recordes em publicações e público na TV aberta.
“Pantera Negra” é, talvez, o filme da Marvel mais importante depois de “Homem de Ferro”.
Filme muito bom. Vale a pena ver.