Crítica: Nada a Perder
“Nada a Perder” foi, supostamente, um dos maiores sucessos do cinema nacional nos últimos tempos! Mas o que aconteceu no caminho, pois tínhamos bilheteria esgotada e salas vazias?
Para além da sua figura, temos que admitir que Edir Macedo é um nome de peso na influência e política. Fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, já teve em sua história vários escândalos, tanto positivos quanto negativos. Também um dos donos da Rede Record, emissora de TV, é por ela que exibi várias “superproduções” bíblicas em formato de séries, filmes e novelas.
Então, já é de se esperar que pelo filme ser custeado pela emissora, que a personalidade dele seria “endeusada”. Isso, claro, não é exclusividade desse longa, outros também trazem apenas um recorte, que faz da biografia um tanto direcionada. Mas em produções livres, ainda há uma tentativa de humanizar o homenageado mostrando um pouco de seus defeitos. Porém, mesmo quando se fala tanto que “Deus capacita os incapacitados”, aqui Edir sempre soa como um novo profeta.
A única coisa que realmente deve ser elogiada é a atuação, ademais nem se comenta. Também vale lembrar que o marketing elogiava horrores o filme, dizendo que era um grande sucesso de bilheteria. E isso, de certa forma, é verdade. Porém, teríamos que ignorar que a Igreja Universal foi quem comprava os ingressos e os distribuía entre os fiéis e/ou quem dissesse “sim” na hora. Dessa forma, haviam sessões com todas as cadeiras ocupadas, mas durante a exibição estavam quase vazias.
“Nada a Perder” pode sim ser considerado uma ótima biografia. Afinal, traz muito da vida de Edir Macedo. Temos a Igreja, sua fé, a busca pelo poder e a manipulação de dados para exaltar sua pessoa. Lembrando que foram dois filmes, mas para não me repetir, fica um único texto.
Podre.
Lixo.