Crítica: The Assassination of Gianni Versace
“The Assassination of Gianni Versace” é a segunda temporada da série antológica “American Crime Story”. Mas é um nome bem grande para uma história que não é bem sobre Gianni Versace.
Gianni Versace foi o fundador da Versace, uma das maiores marcas de moda no mundo. O designer foi morto na frente de sua casa, aos 50 anos, por Andrew Cunana. E esse é um pequeno resumo do crime, pois na série vemos e aprendemos mais sobre o assassino do que sobre Gianni. Ainda sim, com sua morte alguns debates mostram a vida do gay bem sucedido da década de 80 e 90. Sendo assim o “não pergunte, não responda” era a regra. Todos sabiam de seu relacionamento de quase 15 anos com outro homem, mas nada disso era “público”.
Já Andrew Cunana é o verdadeiro protagonista. E isso não é apenas uma expressão, para quando um ator rouba a cena. Afinal, a partir da morte de Gianni, vamos visitando o passado e entendendo tanto sobre ele e como agia/pensava, que o título se torna quase fictício.
Desde pequeno Andrew esperava o famoso “sonho americano” de ascender socialmente e ter sucesso. Ele também era gay e um mentiroso compulsivo. Vivia e dizia ter a vida que não tinha, bancado por amigos e gays mais velhos com os quais se relacionava. E quando confrontado, mostrava uma faceta mais raivosa que, no ápice, fez com que matasse um de seus melhores amigos. Entre ele e Versace, a janela foi pequena e com outras três vítimas fatais.
“The Assassination of Gianni Versace”, disponível na Netflix, finaliza com um depoimento em que se fala que a diferença principal entre Andrew e Versace está em um ser lembrado como um gay assassino e o outro como um homem genial.
Me lembrou um pouco de dexter