Crítica: Sintonia – 2ª Temporada
“Sintonia” esteou em 2019 e conquistou seu espaço entre as séries originais da Netflix. Entretanto, a qualidade caiu bastante nessa segunda temporada.
Já dizemos em críticas anteriores o quão importante é, para um série musical, que sua trilha sonora seja marcante. Em sua primeira temporada, tivemos sim músicas que marcaram e até viciaram. Mas agora nem mesmo a trilha salva a fraqueza e previsibilidade da produção.
No núcleo de Doni, sua carreira meteórica é o destaque. Inclusive com participações especiais de nomes famosos do mundo da música. E com tudo isso, temos agora uma relação de núcleos fora da periferia. Tendo também a temática de abandonar suas origens, ao se dar bem na vida. Nando tem um caminho semelhante, mas com o crime organizado. Agora ele é o chefe, e lida também com a pressão. Rita entra mais na sua vida religiosa, de forma inocente. Entretanto, nos episódios finais, temos umas promessas interessantes. Afinal, seu romance com Levi chega ao fim apenas por conta da mãe do rapaz ter recebido uma “profecia” de Deus, que dizia que Rita não estava no futuro do rapaz.
E ainda com ela, ao receber o convite para ser uma candidata política com o apoio religioso, pode ser a hora de mostrar esse lado da dinâmica da fé. Mas, por conta da reação dela ao reconhecer que a “profecia” não passava de preconceito, o desenrolar desse núcleo pode surpreender. Principalmente agora, que a violência parece ser o assunto que irá unir o núcleo dos três. Combate, ser parte e uma vida pública.
“Sintonia” investiu em parcerias para promover a série, mas precisava ter dado uma atenção maior ao seu roteiro. Numa aposta arriscada, mesmo com a dinâmica do núcleo de Nando, o melhor fica para uma possível próxima temporada.
a serie nao é de toda ruim