Crítica: Continência ao Amor
“Continência ao Amor” é a mais nova adaptação da Netflix que veio devagar e vem conquistando espaço na plataforma.
Cassie é uma jovem artista que vem passando por problemas financeiros. Além do trabalho como garçonete, também canta no bar para conseguir uma grana extra. Porém, recentemente descobriu que tem diabetes e seu plano não cobre todos os custos com a medicação. Luke é um soldado que está prestes a ir para o campo de batalha. Vindo de uma família de militares, por conta de escolhas do passado, imagina que se alistar é a forma de conquistar reconhecimento. Durante uma noite ambos se encontram e discutem pelas visões opostas de mundo. Mas tudo isso muda quando aceitam forjar um casamento para ter acesso ao dinheiro e plano de saúde.
Antes vale um contexto. Por mais que um Iphone seja barato nos EUA, custos médicos são mais baratos aqui no Brasil. Diabetes é uma doença que tem tratamento, até simples, mas que enquanto aqui temos fácil acesso, lá é um produto caro e muitos planos limitam o medicamento.
Naturalmente o plano é descoberto e eventualmente eles se apaixonam. Esse é mais um dos filmes românticos bem clichês. Entretanto, cabe aqui espaço para surpresas que realmente são inesperadas. Luke, apesar do discurso, faz muitas coisas que fogem aquilo que ele defende. Cassie, da mesma forma, vende identidade mas se molda para sustentar a mentira pela necessidade. Para além do final feliz, vale a percepção de até onde estamos dispostos a defender nossos ideais quando uma situação complicada é posta em nossa vida.
“Continência ao Amor” entrega todas as fórmulas que fazem os fãs do gênero se encantarem com o filme. O amor e o ódio, única cama disponível, união por interesses e a superação em conjunto frente a dificuldade.