Crítica: Onde esta você, João Gilberto?
“Onde está você, João Gilberto” é um documentário baseado no livro “Ho-Ba-La-La“, onde o escritor que é fascinado pela música de João Gilberto e vem ao Brasil atrás de seu ídolo. Mas como a missão não tão bem sucedida, ele retorna para casa e acaba falecendo pouco tempo depois do lançamento do livro. No filme, temos a recapitulação dos passos do escritor.
Para quem não sabe, João Gilberto é um cantor, violonista e compositor brasileiro. Tido como o pioneiro criador da Bossa Nova, é considerado um gênio. A Bossa Nova é um gênero musical surgido no Brasil no fim da década de 1950. Foi concebido por João Gilberto, Tom Jobim e jovens cantores e/ou compositores de classe média da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro.
Com quase uma hora de duração, o filme permanece no Rio de Janeiro com cenas de transição. Esse passeio, de início, é interessante por conta das paisagens, mas rapidamente se tornam tediosas ao mostrar como o filme parece não sair do lugar (literalmente).
Até o final poético no Copacabana Palace, o filme não mostra muito de novidade, sendo apenas inúmeras entrevistas. Entretanto, tenta torná-las um pouco mais interessantes. Apesar de tudo isso, é um fato engraçado notar o quanto os estrangeiros valorizam nossa riqueza cultural. Certamente mais que nós mesmos. Um dos relatos traz um personagem japonês, que foi quem inicializou o escritor alemão em João Gilberto. Logo, lembrei dos tempos que passei no Japão e o quanto curtem esse estilo musical.
Como um fantasma, João Gilberto está presente em todo o filme sem aparecer. Dizem que “de médico e de louco, todo mundo tem um pouco”, e ter essa vida reclusa dá charme ao mistério. Porém, ele testa muito a paciência de quem assiste por parecer um ciclo vicioso e repetitivo.
O ambiente do rio de janeiro é muito interessante, me despertou o interesse
Filme muito melancólico…