Crítica: O Telefone do Sr. Harrigan
“O Telefone do Sr. Harrigan” é um terror da Netflix baseado em um conto de Stephen King, que mostra uma reflexão dos tempos atuais.
Craig desde pequeno lê para o Sr. Harrigan, um emprego que ele nunca entendeu bem o motivo de ter conseguido. Afinal, ele mesmo reconhece que não era o melhor dos leitores, mas também estava de luto pela perda da mãe. Depois de anos lendo, um dia ele encontra seu chefe morto. Só que antes ele apresentou o mundo da tecnologia, e pelo apego aos momentos, deixou o celular no caixão. Porém, com o tempo, ele percebe que de alguma forma ele consegue se comunicar pelo telefone, mesmo com Sr. Harrigan morto.
O filme pode ser dividido em duas partes. Na primeira com a leitura dos livros e o aprendizado sobre a Internet, vemos uma transição de geração clara. Ainda, mostra que Harrigan tem um lado misterioso e um tanto atento em como o mundo funciona, e no caso, vai funcionar. A segunda parte temos o terror, com a comunicação com o morto e as mortes suspeitas.
Uma frase dita pela professora de Craig, após a morte de outro personagem, é que ela tem medo de contatar os mortos, pois não é possível saber se quem responde é bom ou mal. Com as descobertas de Graig sobre Harrigan, até podemos sim considerar que é o seu chefe agindo conforme os dois conversam. Porém, acho interessante ver pelo lado da frase, afinal é um conto do King. Será mesmo que era Harring quem respondia e agia pelo rapaz? Já vimos em muitas histórias onde outras entidades se alimentam do luto e fingem ser um ente querido, não é mesmo?
“O Telefone do Sr. Harrigan” reflete e assusta.