Crítica: My Policeman
“My Policeman” é um drama da Amazon Prime que mostra como era a sobrevivência de gays na década de 1950.
Tom é um jovem policial, no início de sua carreira. Vivendo na Inglaterra, em 1950, ele acaba conhecendo Marion e se apaixonando. Acontece que também conhece Patrick, que trabalha no museu local. Com o tempo, os dois se aproximam mais e desperta um interesse além da amizade. Entretanto, nessa época, ser gay era crime previsto em lei, então viver esse amor coloca a vida dos dois em risco. Contudo, Tom ainda tem Marion, com quem se casa e consegue manter a vida padrão ideal, enquanto Patrick é seu amante.
A história é contata, em sua maior parte, pelas leituras de trechos do diário de Patrick. Temos o tempo presente, com os três já idosos. Aqui, vemos que Patrick já está bem doente e Marion o leva para morar com eles. E o passado, acompanhando o início da história de amor, o convívio dos três, a descoberta e as consequências das escolhas de cada uma. Assim, junto com outra cena, vemos como tudo marcou e marca a vida deles.
O filme não é simples de se assistir. Há a cena mostrada e as entrelinhas. É o tipo de produção em que os detalhes importam e por isso, o expectador precisa sim estar bem atento. Algo interessante é o espaço para a interpretação de cada um. Principalmente em relação a Tom, sua sexualidade e seus sentimentos por Marion. Afinal, se retratamos uma época onde o ser hétero era a única opção viável, ser gay era um segredo guardado a sete chaves, a discursão sobre bissexualidade podia nem estar engatinhando.
“My Policeman” é um retrato do passado, mas que nos faz refletir bastante sobre o presente.