Crítica: Batem à Porta
“Batem à Porta” é um terror da Universal que escancara, sem receio, questões sociais, pessoais e tudo que irá acontecer no filme.
Um casal vai para uma cabana isolada no campo junto de sua filha, para uma folga. De repente, quatro estranhos armados abordam e invadem o local. Segundo eles, a família tem de escolher um membro para ser sacrificado e, assim, impedir o apocalipse. Porém, enquanto a família não se decide, eles vão, um a um morrendo e liberando pestes no planeta.
Desde o início o filme estabelece muito bem as regras do “jogo”. A família tem que fazer a escolha e os invasores vão tratá-los da melhor forma possível. Ainda sim, a abordagem mais violente é justificada, afinal quem toparia de bom grado uma proposta tão absurda. Enquanto os quatro vão se justificando por meio de visões e um discurso que beira o fanatismo religioso, Eric e Andrew vão racionalizando a situação e buscando por formas de sobreviver a tudo isso.
Aos poucos, algumas revelações pessoais são feitas. O passado do casal vai se revelando para justificar suas escolhas, enquanto os invasores vão se humanizando, revelando suas vidas pessoais e mostrando que se não fossem as supostas visões, não estariam nessa posição. Por mais que, dentre eles, há um que já participou de uma momento traumático na vida de um dos pais de Wen.
“Batem à Porta” é um filme que te faz pensar, tentar entender e ter suas teorias. Particularmente, eu tenho uma imensa preguiça de discursos religiosos, principalmente envolvendo apocalipses e sacrifícios para uma salvação da humanidade ou de sua alma. Por isso, não conseguia desligar ao ponto de não achar esse grupo de fanáticos, no mínimo ridículos. Mas cinema é isso, cada um tem sua experiência.