Crítica: Com Carinho, Kitty
“Com Carinho, Kitty” é uma série spinn off de “Para Todos os Garotos Que Eu Já Amei“, uma trilogia que é um dos maiores sucessos da Netflix.
Com suas irmãs mais velhas longe, Kitty se sente um pouco sozinha em casa. Somamos isso a sua curiosidade natural pela vida de sua mãe, que mal conheceu. Após a viagem em família para a Coréia, ela mantém um namoro virtual com Dae, e secretamente se inscreve em uma bolsa de estudos para a mesma escola que ele estuda, e que sua mãe também estudou. Quando consegue a vaga, ela viaja e o restante é uma série de plot twists na vida da adolescente. Os mistérios sobre sua mãe, as descobertas do passado e do presente, seus novos amigos e seus respectivos dramas, fazem a temporada bem movimentada.
Apesar da protagonista ser americana, diversas falas são em coreano. Além de mostrar o quão deslocada Kitty está. É bom ver que mesmo em uma escola internacional, os alunos naturais do país e suas famílias usam seu próprio idioma. Afinal, porque falar inglês, não é mesmo?
Apesar das menções aos demais personagens dos filmes e eles indiretamente estarem presentes, Kitty está buscando sua identidade e a série também. Não se prendem a estética da trilogia, muito pelo contrário. Claro, pelo ambiente e contexto, há uma clara inspiração em K-Dramas, com cenas em câmera lenta, uma demora incrível para dar um beijo ou até faíscas literais nas telas. Ainda sim, é bom ver que todos os personagens tem seus momentos e histórias tão interessantes quanto as de Kitty. Principalmente Yuri, afinal pelo contexto, ela é quem mais sofre com a rígida cultura asiática.
“Com Carinho, Kitty” é curta, rápida e bem prazerosa de se assistir. Com um final promissor, espero que a Netflix não cancele a série.