“Heartstopper” é um dos maiores sucessos recentes da Netflix e isso fica claro quando, nessa segunda temporada, vemos algumas marcas sendo expostas.

O romance entre Nick e Charlie conquistou pessoas ao redor do mundo pelo tom natural, os personagens que se assemelham a pessoas reais, uma diversidade grande dentre o elenco e a forma com que os assuntos são debatidos para os adolescentes. Sendo assim, é natural que nessa temporada o destaque e a expectativa sejam maiores. Porém, sendo baseada em uma HQ, a história tem seu caminho mesmo com a liberdade da adaptação. Mas com um ritmo mais devagar, a série entrega muito mais ao dar destaque também aos outros membros do grupo.

A maior questão dessa temporada é a viagem para Paris. É nela que somos apresentados as questões de Nick com sua família de forma mais profunda. Nick também percebe as questões alimentares de Charlie por conta da ansiedade e pressão do relacionamento. Outros personagens se aproximam, inclusive professores. Ao adaptar apenas a terceira HQ, e parte da quarta, a série cria um ritmo menos intenso e corrido. Assim temos respiro, como os personagens, sentimos e não apenas passamos pelas situações. Ainda mais, pensando na dinâmica de maratona que a Netflix entrega.

Se na primeira temporada a fofura reinava nas descobertas, a segunda entrega a maturidade. É o momento de se entender o que se sente. Mas também é um momento de se saber como será daqui para frente, sair da paixão e ir para o companheirismo. Contudo, também temos os momentos de encarar o passado, mas não só ele.

“Heartstopper” se matem como uma produção necessária. Não apenas pela diversidade, mas pelo aprendizado que proporciona para aqueles que estão passando por situações próximas e/ou semelhantes.