Crítica: O Fantástico Sr. Raposo
“O Fantástico Sr. Raposo” é, indiscutivelmente, uma das melhores produções no gênero de animação em stop motion.
Dirigido por Wes Anderson, mesmo diretor de “Asteroid City“, o filme se baseia em um livro escrito por Roald Dahl. A opção pela adaptação em stop motion, ao invés do 3D, pode ser justificada pela preferência do diretor pelo realismo. Pensando nisso, até mesmo os pelos dos bonecos são reais, fazendo com que sejam marcantes a cada frame. Todo esse capricho contribui para que o único filme do diretor nesse gênero ainda seja um grande sucesso entre o público infantil e adulto.
Mr. Fox é um hábil e narcisista ladrão de galinhas, que ao descobrir que seria pai decide mudar suas atitudes. No entanto, o mesmo ressalta durante toda a trama que são animais selvagens e que não é possível controlar seus instintos. A princípio, o Raposo que levava uma vida “normal”, decide elaborar um grande plano para voltar as suas antigas atividades. Então ele e seu amigo Toupeira decidem furtar grandes fazendas vizinhas, mas essa decisão afeta negativamente todos envolvidos com o Raposo.
Usando animais como um espelho para os humanos, “O Fantástico Sr. Raposo” propõe reflexões profundas a respeito da nossa verdadeira identidade e teimosia.