Crítica: Cemitério Maldito – A Origem
“Cemitério Maldito – A Origem“, da Paramont, já começa dizendo que é melhor deixar morto. Bom, deviam ter ouvido seu conselho.
Cemitério Maldito é baseado em um dos livros de Steven King e, dessa forma, ganha sua adaptação para o cinema. Não uma, mas duas vezes a trama é contada de uma forma aceitável e interessante. Por isso, infelizmente, percebem a chance de fazer mais filmes e, ainda bem, esse foi direto para o streaming. Aqui, contam uma história que ocorre antes do relato do filme, mostrando mais do mesmo enquanto tenta dar uma aprofundada na mitologia desse universo.
Um rapaz retorna da guerra do Vietnã, mas apenas seu corpo está aqui. Por isso seu pai, que se recusa a aceitar essa perda, o enterra em um cemitério especial que ele sabe que pode trazer os mortos de volta a vida. Entretanto, como sabemos, quem retorna acaba voltando possuído por um ser. É o mesmo corpo, tem as lembranças, mas não é a mesma pessoa. Sendo assim, cabem aos protagonistas matarem a criatura antes que mais pessoas morram na cidade e sejam transformadas.
Ao final de tudo, o filme nem mesmo pode ser considerado um bom filme. Com exceção dos 20 minutos iniciais, onde conhecemos os personagens, nada mais acrescenta. Em resumo, é a mesma história de novo, sem nada de novo. Não temos uma nova discussão, tão pouco a exploração das raízes do cemitério é satisfatória.
“Cemitério Maldito – A Origem” é a Paramont enterrando o filme anterior no mesmo cemitério esperando que quando retorne, volte com sucesso. Entretanto, o resultado final é um ser vazio com as memórias do passado, mas que devora as chances de um futuro melhor. No final das contas, era melhor ter deixado enterrado e morto.