Crítica: A Sociedade da Neve
“A Sociedade da Neve” é um filme da Netflix, presente no Oscar, que conta a história daquele que é, talvez, o acidente aéreo mais famoso.
Em Outubro de 1972 um grupo de jogadores e familiares, com 45 pessoas, estavam em um avião que colidiu nos Andes. Alguns membros do grupo morreram com a queda, entretanto outros sobreviveram e esperavam pelo resgate. Infelizmente, esse resgate não acontece e eles passam cerca de dois meses em um local de frio extremo e com péssimas condições de sobrevivência. No frio, com fome e sem alimentos ou vida animal ou vegetal, o grupo toma decisões difíceis para tentar manter todos vivos até que, pela fé, a ajuda chegue de alguma forma.
Filmes com acidentes aéreos tendem a ser bem marcantes na cena do acidente em si. Pode ser algo mais realista ou até mesmo ficcional, a verdade é que elas marcam. Contudo, logo em seu início, o filme não perde tempo apresentando os personagens antes dos momentos na montanha. Assim, temos uma das melhores cenas já gravadas. O acidente aqui é agonizante, fiel e nos passa um terror que não está nele em si, mas na situação daqueles que sabemos que ficariam vivos.
Aos longo do tempo o filme se preocupa em dividir a tela entre todos, e todos mesmo, os personagens. Há uma clara percepção de que cada um ali, da sua maneira, foi importante para a sobrevivência dos 16 que são resgatados no final. Ainda, de forma sensível, é retratado também aqueles que faleceram ao longo de todas as situações, desde a queda até o final, pouco antes do resgate.
“A Sociedade da Neve” surpreende ao contar uma história que é surpreendente, mostrando muito mais do que o fato pelos quais eles, os sobreviventes, são lembrados até hoje.