Crítica: Donzela
“Donzela” é uma fantasia da Netflix que inverte a proposta da princesa indefesa que aguarda ser resgatada por um príncipe.
Elodie é a princesa de um reino humilde que passa por grandes dificuldades e pode piorar com o frio. Sua mãe já faleceu e agora ela vive com sua irmã, seu pai e sua madrasta. Sendo uma princesa, uma proposta de casamento surge como a salvação do reino, já que o preço pela princesa é estranhamente alto. Juntos viajam para o reino onde será o casamento. Conhecendo Henry, o príncipe, ele soa como uma pessoa encantadora e simpática. O casamento é marcado durante uma época em que Henry e seus familiares comemoram uma tradição religiosa especial. Infelizmente, ao final, Elodie descobre que sua participação é bem maior do que espera, já que ela é o sacrifício para um dragão.
O príncipe encantado ser um pesadelo não é mais novidade. Ter uma princesa que busca alcançar seus sonhos por si própria, também vem sendo usado. O filme se destaca desde cedo ao construir a personalidade sagaz de Elodie e preparar o terreno para os momentos em que ela luta pela sua vida.
No entanto, as promessas se encerram aqui. É uma produção de fantasia que se vende como, mas não entrega nada muito inovador. Mentiras, os heróis que são vilões e o vilão que é uma vítima. Ao final, inclusive, é difícil não comparar a personagem a Daenerys, de “Game Of Thrones”. Tanto que, sinceramente, a última cena quase é um exemplo do meme “copia, só não faz igual”.
“Donzela” é tal como sua protagonista, cheia de autoconfiança.