Crítica: A Babá
“A Babá” é um filme da Netflix que estreou para o Dia das Bruxas. Mas, seguindo outros do gênero, mescla o terror com a comédia e consegue se sair muito bem.
Na história, Cole é o típico garoto tímido e sensível, de 12 anos, que acaba sofrendo bullying na escola, o que só piora a condição. Por conta disso, seus pais ainda contratam uma babá para cuidar dele quando saem de casa. Mas como é bem comum, ele acaba nutrindo uma paixão por Bee que é considerada extremamente sexy, bonita e uma ótima pessoa. Impulsionado pela curiosidade e contando com o apoio de uma amiga, ele resolve ficar acordado uma noite e é quando se depara com uma versão de Bee que ainda não conhecia.
A partir desse momento o filme incorpora o terror, já que Bee faz parte de um culto satânico, mas também abraça o humor. Sua premissa é básica e ele reconhece isso ao tirar sarro dos momentos de perseguição e nas conversas entre os personagens. Além disso, expões para todos os clichês desse gênero como o negro ser o primeiro a morrer e o fato de que o “gostosão” sempre está sem camisa.
Ainda assim o filme consegue estabelecer uma mitologia, principalmente com o livro de feitiços apresentado como a Bíblia do grupo. O jogo de “gato e rato” entre Cole e os demais é o ponto no qual percebemos que o garoto consegue se salvar justamente por ser como é. Até mesmo seus perseguidores tentam ajudar ele em alguns momentos. Ao final, encarando Bee, ele ainda é sincero com ela e se declara.
“A Babá” já deixava aberta a possibilidade de uma sequência, que hoje já sabemos que existe. Ele diverte bem mais do que assusta, mas também tem seus momentos de leve tensão.
Diferente