Crítica: A Desordem que Ficou
“A Desordem que Ficou” é uma minissérie espanhola, original Netflix, que certamente traz muito do que tem feito sucesso na plataforma.
É verdade que uma série com investigação sobre um assassinato desperta interesse. Mas devemos concordar que esse enredo, em séries espanholas da Netflix, vem dando tão certo que estão abusando. Inclusive, dentro do elenco dessa série, temos um dos atores de Elite que traz uma trama semelhante.
A maior diferença é que dessa vez quem morre é a professora Viruca. Raquel é a nova professora que vem substituir Viruca, que no início da série é tratada como uma suicida. Mauro é o ex marido e desde o início levanta que quem foi o responsável pela morte de Viruca é um dos alunos. Ou seja, novamente temos uma pessoa de fora que acaba fazendo um papel melhor que toda polícia local. Ao menos aqui, tomaram o cuidado de dizer que todos se conhecem e se protegem na cidade.
Mas a maior diferença dessa série para as outras é também seu maior “Calcanhar de Aquiles”. Raquel passa a sofrer dos mesmos problemas que Viruca, e até possuem uma semelhança física. Dessa forma, passado e presente se misturam durante os episódios e justifica um pouco a nova professora passar pelos mesmos detalhes. Claro que também há uma forçada na barra, como o envolvimento do marido de Raquel com Viruca. Infelizmente, a linha do tempo acaba por se tornar muito confusa e até mesmo incompreensível no final. Já que temos personagens em coma por três dias enquanto outro passa por uma cirurgia e quase que imediatamente, já esta de pé e prestando depoimento.
“A Desordem que Ficou” parece ser mais sobre como o final da minissérie foi trabalhado do que sobre as consequências da morte de Viruca!
Nunca passei tanta raiva