Crítica: A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
“A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” é uma animação da Netflix indicada ao Oscar em um ano que mais da metade dos concorrentes pertencem a Disney/Pixar.
Katie está ansiosa para começar a faculdade. Porém, seu irmão Aaron está triste, pois tem receio de não fazer novos amigos. Sua mãe é quem parece lidar melhor com a mudança, mas seu pai tenta se aproximar dela assim como era quando estava crescendo. Contudo, enquanto Katie é bem adepta a tecnologia, ele já tem uma aversão completa a quase todos os eletrônicos.
Pouco antes desse grande dia, a família briga e a tentativa de solução é uma viagem de carro. Entretanto, durante essa viagem temos o anúncio de uma nova tecnologia de robôs que não sai como planejado e causa uma revolta das máquinas, que decidem mandar os humanos para o espaço.
Esse pano de fundo tecnológico e apocalíptico se torna bem secundário quando notamos a dinâmica social e familiar apresentada. O humor abusa ao se aproveitar de como nossa sociedade se comporta para fazer esse trabalho. Principalmente no núcleo da mãe, onde ela acompanha uma família “perfeita” pelas redes socais e se cobra pela sua não ser da mesma forma. E o já mencionado pai, que expões sempre como fazer coisas “reais”, sem telas ou ferramentas conectadas.
“A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” mostra a dinâmica familiar de forma honesta. Temos conflitos, mas sem vilões. Dentro de cada um vemos como os demais reagem e os participantes pensam. Sem certos e errados, um equilíbrio que é preciso para um convívio em sociedade. Afinal, por mais que estejamos em um mesmo grupo, temos nossas individualidades e peculiaridades.