Crítica: A Lenda de Voz Machina – 3ª Temporada
“A Lenda de Voz Machina” surge no catálogo da Prime Vídeo em um tempo que RPG está em alta, mas e hoje, isso se mantém?
Um elemento presente desde o início é a escolha de dividir os núcleos aos longo da temporada. Mas essa divisão é extrema, com alguns personagens do grupo principal se tornando coadjuvantes da trama. Isso acontece novamente, mesmo com o amadurecimento. Abandonando o gore e a “linguagem adulta”, um pouco, a temporada explora mais o amadurecimento. Contudo, em um Péssimo momento. Afinal temos o embate com os três dragões, e queríamos mais ação.
A estrutura do material de origem talvez seja o maior dificultador. Um RPG tem centenas de horas de jogatina, pode levar a jornadas absurdas, explorar as mais criativas tramas e tem as mais loucas reviravoltas. Mas isso, em uma série, complica. Cortamos demais ou cortamos de menos, a realidade é que as centenas de horas tem que se adaptar aos 12 episódios. Episódios que, atualmente, ainda são inseguros quanto a renovações.
Sendo assim, é de se reconhecer a coragem em mudar a narrativa, mas isso não tira a sensação de que sempre teremos ou um, ou outro. Por isso, apesar de mais uma vez elogiar a qualidade de animação e a forma com que as coisas ocorrem, até quanto será apenas isso? É mais um romance, mais uma batalha, mais uma viagem e mais um desenvolvimento. Mais um ao ponto de ser, em vários aspectos, semelhante, mas com personagens diferentes.
“A Lenda de Voz Machina” entrega mais uma temporada semelhante as demais, Sem uma evolução narrativa, ela agora é mais uma animação que sobrevive, mas não se destaca.