Crítica: Acompanhante Perfeita
“Acompanhante Perfeita“, da Warner, é um filme que mistura thriller, comédia e ficção científica, contando a história de Iris e seu namorado Josh, que decidem passar o fim de semana na casa de um bilionário, acompanhados de seus amigos.
“Acompanhante Perfeita” é produzido pelos mesmos criadores de “Noites Brutais”, um ótimo suspense com reviravoltas que chamam bastante atenção. O mesmo pode ser dito sobre este novo filme, que também tem suas surpresas, e durante a sessão, não foram poucas as vezes que o público soltou o famoso “O quê?!”. O filme é realmente muito divertido, com um roteiro dinâmico que não é difícil de entender, o que o torna uma das surpresas agradáveis deste ano.
Sophie Thatcher parece estar se especializando neste tipo de gênero, como já mostrou em “Herege”. Ela consegue trazer humanidade à sua personagem, com expressões que transitam entre medo, angústia e raiva. Sua atuação se encaixa bem com a de Jack Quaid, que, mesmo com o visual de “mocinho”, interpreta um personagem babaca, algo que já vimos também em “Pânico 5“. A ficção científica, apesar de ser o foco, está muito bem fundamentada no nosso contexto atual, com exceção dos robôs “perfeitos”, claro.
Drew Hancock, o diretor, cria uma ambientação aproveitando muito bem os cenários internos e externos, com atenção aos detalhes. Merece destaque a equipe de efeitos práticos, que conseguiu tornar certos momentos mais humanos e intensos, especialmente nas cenas de mortes, que são bem trabalhadas.
“Acompanhante Perfeita” é um filme que diverte. Embora se possa tentar tirar uma lição sobre abuso psicológico nos relacionamentos e a ideia de que “nem tudo é perfeito”, após entender a motivação principal da história, acabei deixando essa reflexão um pouco de lado.
Texto por: Filipe Machado Coelho