Crítica: Alma
“Alma” é uma série espanhola, disponível na Netflix, que traz uma proposta sobrenatural em meio ao público teen.
Um grupo de estudantes passa sua última excursão juntos em um hotel no meio das montanhas da região onde moram, rica pelas belezas naturais e cultura. Contudo, a comemoração de formatura é interrompida após um acidente na volta, falta para boa parte dos jovens. Porém, descobrimos que o acidente está descrito em um livro de profecias, não foi “acidente” e os sobreviventes então irão ter um contato maior com uma antiga seita e uma entidade que ameaça retornar para o mundo.
A produção mostra uma visão interessante de conceitos relacionados ao espírito das pessoas. Temos a existência fora da linha do tempo, que é quando há interação entre diferentes momentos, apesar de se passarem no presente para ele. Temos a reencarnação, não apenas entre vidas, mas também na tomada de um corpo em momentos de quase morte.
O maior problema da série é seu ritmo, mal dosado entre os personagens. Enquanto o arco de alguns parece acelerado, a descoberta dos protagonistas é quase parada. Isso seria menos problemático se conseguissem instigar mais o expectador, descobrindo junto e aos poucos tudo. Contudo, é tão confuso quanto, e quando começa a se desembolar, já estamos cansados. Enquanto a protagonista está buscando memórias acompanhada de pessoas que poderiam ter dado as respostas, mas não fazem, temos outro núcleo procurando desaparecidos em uma caverna secular, cheia de pistas da entidade, uma criatura sobrenatural e um romance.
“Alma” tem um final satisfatório, que deixa sim pontos para uma continuação. Contudo, seria melhor e mais seguro ter dado algumas respostas ao invés de arriscar por uma continuação que pode não vir.