Crítica: Amizade Dolorida
“Amizade Dolorida” é uma série da Netflix que aborda com um humor ácido o universo do BDSM. Bondage, disciplina, dominação, submissão, sadismo e masoquismo. Juntas, essas palavras compõem a sigla BDSM.
Pete é um rapaz gay que precisa de dinheiro para pagar o aluguel e a faculdade. Tiff é sua amiga, desde o tempo da escola, e que agora trabalha com Dominatrix para também pagar a faculdade. Na primeira temporada temos Pete assumindo um trabalho como assistente de Tiff, mas que aos poucos toma um papel mais ativo. Já Tiff começa a lidar com a barreira entre negócios e amizade, até que esse trabalho cai por terra.
A segunda temporada abre mão do núcleo BDSM, voltando para um curso de Dominatrix no qual os dois participam, como consequência dos acontecimentos anteriores. E essa dinâmica de voltar para a escola também permite que os dois repensem algumas coisas sobre suas vidas e relações.
Devido o tema, é de se esperar que a série fique na categoria de “polêmicas”, principalmente ao mostrar os mais diferentes tipos de cenários e públicos que aderem a prática. Por conta disso, a primeira temporada é criticada até mesmo pelos grupos BDSM pelo exagero no humor. Assim, a segunda vem tratando esse assunto de forma mais cuidadosa, mas ainda com humor clássico. Outra coisa que atrapalha a série é que seus episódios são mais curtos que o de costume. Assim, ela perde um pouco do espaço para abordar os assuntos, que é sacrificado pelas piadas.
“Amizade Dolorida” é uma série confusa, não pelo enredo, mas por não saber se é uma comédia ou uma abordagem séria, porém com humor. Contudo, tendo duas temporadas, ela foi cancelada pela plataforma.