“Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo” se passa no ano de 1987. O jovem Aristóteles está entediado de suas férias e resolve ir até a piscina, mesmo não sabendo nadar. Lá encontra Dante, que se torna seu professor de natação, amigo e o faz desvendar segredos sobre si mesmo e se questionar sobre os do universo.

O livro é um dos mais conhecidos romances LGBT que temos e teve sua sequência lançada esse ano, após 7 anos de espera. Publicado pela Editora Seguinte e escrito por @benjamin.alire.saenz. O livro não se trata da descoberta do amor entre Dante e Ari, mas uma jornada de aprendizado que Ari tem sobre ele mesmo. Por mais que tenha sim um foco na relação dos dois, há um conflito pessoal sobre seu lugar no mundo, na família e sobre permitir se aproximar e deixar que os outros se aproximem. São conflitos e conclusões sobre sentir, ser e pertencer.

É claro que, lendo um resumo ou essa opinião, já da para se ter noção de como a história será escrita, mas tudo ocorre de forma natural. O fio condutor é Ari e não sua relação com Dante, algo que nem sempre é destacado em outros livros do gênero. Inclusive, até mesmo pela presença dos pais de ambos os rapazes, outra imagem que não costumam ser trabalhados em materiais para jovens.

Por fim, “Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo” por mais que tenha foco em um público mais jovem, é inegável que estamos tentando descobrir os segredos dos nossos próprios universos. Isso desde sempre, cada um a sua maneira. Logo, é uma leitura recomendada para qualquer um que queira ver, através da narração de Ari, como ele descobriu os segredos do seu (ou tentou).