Crítica: Avatar – O Caminho da Água
“Avatar – O Caminho da Água” chega ao cinema com uma difícil missão, a bilheteria absurda que precisa para ao menos a Disney não sair no prejuízo.
Avatar é um filme famoso, principalmente por fazer as salas de cinema se renovarem com o 3D. Totalmente pensado para essa tecnologia, foi um absurdo seu sucesso no cinema. Mas aqui já temos um detalhe importante, o filme não é lembrado pela trama, mas sim pela tecnologia. Hoje, 3D é normal e pior, até odiado. Então temos o CGI, que também não está com sua popularidade em alta. Sendo assim, o filme já não tem o apelo, exceto pela nostalgia. E já adianto, ele mostra mais uma falha do cinema do que uma novidade, afinal se destaca pelas imagens bem feitas e escancara o quanto estamos recebendo produtos sem cuidado, feitos apenas para lucrar.
Você conhece aquele meme “pode copiar, só não faz igual”? Pois bem, a realidade é que o diretor disse isso para ele mesmo. Temos novamente a apresentação de um mundo, em que os protagonistas tem que se adaptar e conviver com a cultura local. Contudo, para dizer que há uma ação, temos um vilão que persegue e odeia. Inclusive, exatamente o mesmo vilão que foi morto no anterior. Será mesmo que falta inspiração para retratar um humano raivoso e preconceituoso ao ponto de ter que ressuscitar o já utilizado?
Reviver um filme, mais de 10 anos após sua estreia, faz desse uma passagem. Passagem de ambiente, reestabelecendo ele para o público, revisão da trama e troca de protagonismo, que agora ficará com os filhos de Jake e Neitiri. E, para coroar, daria para tirar facilmente uns 30 minutos do filme, porque 3 horas de duração é muito, para pouco.
“Avatar – O Caminho da Água” é o reboot do primeiro.