Crítica: Ben 10 – Omniverse
“Ben 10 – Omniverse” é a “última” temporada do desenho que chega encerrando a saga e já transitando para o estilo que teremos no reboot.
Novamente temos uma mudança radical no estilo da animação e a proposta da série. Devido aos números das duas anteriores, era preciso agradar o público infantil. Sendo assim, Ben passa a agir novamente de uma forma mais bobinha, frente a maturidade que demostrou. Além disso, temos um afastamento de personagens como Kevin e Gwen, e o desaparecimento de outros. Contudo, ganhamos Rex, um Encanador novato, mas bastante talentoso.
Omniverso consegue o equilíbrio que foi tentado na temporada anterior. Mesmo com o traço de Ben mais infantil, tiveram o espaço para tratar tramas interessantes sobre a inspiração de alguns dos aliens do Omnitrix. Além de tudo em torno do Alien X, seus poderes e origens, houve até uma paródia com o fato da mudança dos traços em cada nova temporada. Os sobrenaturais também se expandiram com o Reino da Magia, o Planeta do Halloween e funciona, mesmo com Gwen distante.
O multiverso já era discutido aqui com episódios em que Ben lidava com outras versões de si mesmo. Tanto de mundos diferentes, quanto de tempos diferentes. E aqui chegamos no plot que leva a maior parte da animação, a Guerra do Tempo. Entretanto, a abordagem, apesar de feliz, não salvou a série que, para continuar ativa, rebotaria tudo, com Ben voltando a sua origem.
“Ben 10 – Omniverse” é, certamente, uma boa transição. Consegue mostrar o que virá a seguir e ao mesmo tempo manter, na medida do possível, elementos que respeitam aqueles que se mantiveram fiéis até essa etapa.