Crítica: Blockbuster
“Blockbuster” é uma comédia da Netflix que conta uma história dentro da última locadora do mundo, mas o humor na proposta é maior que na série.
Em um passado nem tão distante, os filmes saiam do cinema e ganhavam sua versão em VHS e DVD. Mas um dia chegou o streaming, principalmente a Netflix e esse mercado de aluguel foi morrendo. A Blockbuster é a empresa mais famosa do ramo, chegando até uma escala global, e hoje mal se fala sobre ela. Aqui, conhecemos uma equipe que trabalha naquela que é a última dessa franquia, tentando sobreviver em meio a concorrência.
A série ser um original Netflix é quase um humor negro. Afinal, é a empresa que mais impulsionou o fim desse mercado. O tema é até abordado, mas de forma humorada e esse mérito fica dentro da temática. Para além disso, por mais que alguns temas sejam interessantes, a série e os personagens são bem rasos e fracos.
Timmy é um chefe que luta para manter seu negócio aberto, pelas memórias que tem e apego com a equipe. Kaya é uma jovem que consegue o emprego, mesmo detestando, por conta de seu pai que quer ela mais perto. Carlos é um aspirante a diretor de cinema, e por isso está no emprego. Hanna é o clássico estereótipo americano da bonita, mas bobinha. Eliza tem formação profissional, contudo não consegue emprego em outros lugares e por isso retorna para loja onde trabalhou na adolescência. Os outros, são apagados ou indiferentes.
“Blockbuster“, como comédia, talvez seja um ótimo drama. Se o foco da série estivesse nesse gênero, a proposta de uma equipe lutando para manter seus empregos enquanto se ajudam na busca de seus sonhos, romances e desafios do dia a dia, daria mais certo.