Crítica: Boy Erased – Uma Verdade Anulada
“Boy Erased – Uma Verdade Anulada” é outro filme que aborda a religiosidade ligada a homossexualidade. Mas, infelizmente mostra o lado negativo que é bastante real.
Não tem como não comparar um pouco a história do filme com a de “Orações Para Bobby“. Afinal, temos a religião e o preconceito como tema, além da forte presença da mãe na história. Mas, felizmente aqui a lição é aprendida durante o processo e não resulta numa tragédia.
Garrard tem 19 anos e vive numa cidade pequena. Seu pai é pastor da comunidade, enquanto sua mãe tem um estilo bem tradicional. Sua vida ia bem até que seus pais descobrem que ele é gay e tem a ideia de interná-lo numa clínica que promete “curar” jovens como ele. E sim, o filme aborda a popularmente chamada “cura gay”. No caso, a história é baseada em fatos reais descrita em um livro de mesmo nome. Mas, vale lembrar que é uma obra americana e lá esse tipo de terapia tem um tom bem mais forte a agressivo que no Brasil, e ainda hoje é praticada.
Dessa vez, no entanto, vemos que Garrard também tenta reprimir esses sentimentos o máximo que pode. Com um tema relativamente atual e uma forte crítica religiosa, o filme gerou certa polêmica no Brasil. Afinal, após ser anunciado pela distribuidora foi inesperadamente cancelado. Como a estréia pela Universal estava marcada para Janeiro/Fevereiro de 2019, logo se levantou a questão de censura por meio do recém empossado presidente Jair Messias Bolsonaro. A Universal emitiu nota sobre o assunto alegando “questões comerciais” para o cancelamento e o presidente se manifestou no Twitter, negando a censura.
“Boy Erased” se tornou literalmente uma “Verdade Anulada” no Brasil, país ainda majoritariamente cristão que, mais do que nunca, não está pronto para um debate.
Polêmico
Chato.
Ruim demais.
Alguém já se perguntou pq a igreja não aceita a homoafetividade?? Toda moeda tem 2 lados.