Crítica: Chamas da Vingança
“Chamas da Vingança” é uma adaptação da obra de Stephen King, mas que aqui, por conta das produções atuais, quase não é possível notar.
Um grupo de pesquisadores trabalha com jovens universitários no teste de uma nova substância. Essa nova droga estimula e desperta poderes diferentes. Charlie é nossa protagonista, uma criança que já nasceu com os poderes e que agora, enquanto cresce, tem diversas crises, perdendo o controle sobre os mesmos. Seus pais são Vick e Andy, que vivem quase sem nenhuma tecnologia, pois fogem constantemente para sobreviver e manter sua filha salva.
O filme é curto, cerca de 1h e 30min, e isso é positivo já que estamos em uma era no qual filmes tem cerca de duas horas no mínimo, e frequentemente cheio de cenas desnecessárias. Aqui, com esse tempo, a trama se desenrola rapidamente, mas não desconexa. Contudo, ele não se sustenta já que a abordagem e efeitos fazem com que estivéssemos vendo um filme dos X-men.
Os diálogos também não ajudam. Principalmente no núcleo da agência que persegue a família. Não dá para levar a sério qualquer um que a atual chefe tem, todos parecem forçados. Outra coisa fica também quanto ao título, que passa uma visão estranha. Não é uma vingança, se analisarmos bem. O livro que deu base para o filme já foi traduzido como “A Incendiária”, e faz bem mais sentido.
“Chamas da Vingança” não é um suspense ou terror, mas um filme classe C de super heróis. E é tão real isso que chegam a tentar convencer a personagem dizendo que ela seria uma heroína.