Crítica: Contra o Mundo
“Contra o Mundo” é um filme da Paris filmes que aposta em uma ação repleta de comédia, mas perdeu seu recheio e não investiu na receita.
Boy é surdo e mudo e cresceu no maio da floresta treinando com um mestre chamado Xamã. Quando mais novo, seu família foi morta por Hilda Van Der Koy, líder da família que comanda esse futuro diatópico. Após anos de treinamento, mas mesmo sendo considerado inexperiente por seu mestre, Boy aproveita uma chance para ir até a capital e iniciar sua jornada de vingança. Lá ele, por acidente, ganha uma pequena equipe e juntos seguem até a tentativa de mater. Hilda.
Então, esse é mais um caso de que o trailer é melhor que o filme. Pensando bem, me atrevo a dizer que o filme podia ter a duração de um trailer. A história é direta e simples, mas simples ao excesso. Tudo é tão genérico, mas a culpa talvez seja minha de esperar algo além de um filme que o principal personagem chama “Boy”.
A expectativa já estava baixa, dado o perfil de filmes ao estilo “Deadpool“, mas senhor, como devia ter reduzido ainda mais. Nada acontece e, realmente, se você assistir aos primeiros 10 minutos, dormir e acordar nos 10 minutos finais, consegue compreender tudo que de fato aconteceu. As cenas de ação empolga, mas novamente, até se tornarem tão absurdas que nenhuma suspensão de descrença te deixa crer sem questionar. Não dá para aproveitar muito nem mesmo do elenco, por mais que admito ter achado interessante a proposta do filme narrado.
“Contra o Mundo” me fez questionar que, de fato, há muito dinheiro que podia ser investido em um projeto social e está sendo desperdiçado por certos setores do entretenimento.