Crítica: Casamento em Família
“Casamento em Família” é uma comédia da Paris Filmes que pede para o espectador abrir, e muito, a mão da realidade.
Allen e Michelle são um jovem casal que brigam durante o casamento de um de seus amigos. Afinal, Michelle tenta pegar o buquê e é impedida, gerando uma discursão sobre o futuro do casal, já que ela quer se casar e Allen não. Grace e Sam são mais velhos e se conhecem durante uma sessão de um filme romântico. Na medida que conversam, se aproximam e saem juntos, mas não passa disso.
Do outro lado temos Howard que trai a esposa e após alguns meses parece se arrepender e termina esse relacionamento. Cada um, da sua forma, vivem o amor que acreditam ou buscam por ele, mesmo que desiludidos. Porém, o plot maior do filme é que mesmo numa cidade como Nova York, todos estão diretamente envolvidos. De todos os pontos do filme, esse foi o que mais incomodou.
Pensar que o pai de Allen e a mãe de Michelle se conhecessem no cinema, apesar de ainda ser bem difícil, poderia entender pela liberdade de aproveitar o filme. Agora, além disso a mãe de Allen ser a amante do pai de Michelle, foi demais. Fora a densidade populacional de Nova York, sejamos sinceros, eles realmente não se conheciam? Afinal, o casal mostra que já está junto há um tempo, tanto que conhecem os pais, mas os pais nunca se encontraram? Um aniversário, um jantar ou qualquer outra ocasião. Aqui o filme me perdeu ao ponto que não conseguia mais aproveitar.
“Casamento em Família“, ao trazer algo tão surreal, perde o humor e o drama que podia ser o foco de interesse. Deixou de ser sobre discutir etapas de relacionamento e a maturidade dele, para um filme irreal.