Crítica: Elite – 6ª Temporada
“Elite” chega com mais uma temporada, a segunda que a Netflix consegue entregar no ano de 2022. E, talvez, esse já seja o sinal de que não viria algo muito bom.
O fio de esperança estava presente quando o play foi dado nessa temporada. Afinal, para o bem ou para o mal, é a primeira em que todos os personagens “originais” estavam fora. Com a morte de Samuel no final da última temporada, Osmar e Rebecca saem do elenco. Assunto esse que, por mais importante que seja, é citado indiretamente no início e só volta a ter relevância, além do prisioneiro da vez, no final dela. Além disso, é aqui também que abandonamos de vez a ideia de alunos de uma escola de elite, já que as cenas na escola são mínimas e nunca em aula.
Porém, se há algo que a série faz bem é destruir. Seja com os acidentes quanto na vida de seus personagens, afinal ninguém aqui pode ter um final feliz, né? Casais sempre serão desfeitos, amigos sofrerão atentados ou alguma violência irá traumatizar alguém profundamente.
Dito isso, é um desperdício essa oportunidade de renovação. Dados o alcance e números da série, ela podia sim investir mais em qualidade da trama. Isso acontece com Nico, mais interessante dos novos personagens. Os demais, são de certa forma, rebbots dos antigos, fundindo algumas personalidades ou piorando um pouco. Fora que, o núcleo que mais parecia funcionar, mesmo com esses aspectos, foi no mínimo, explodido com uma bomba atômica.
“Elite“, para quem se preocupa com uma produção bem estruturada e que agrega, respira por aparelhos. Mas, a série já entendeu que esse não é seu público fiel, e abraça isso entregando o mínimo possível para justificar “pegação” e festas.