Crítica: Fuga das Galinhas – A Ameaça dos Nuggets
“Fuga das Galinhas – A Ameaça dos Nuggets” é a continuação feita pela Netflix para um dos mais icônicos filmes de animação em stop motion.
Um dos filmes mais recomendados dos anos 2000 é “Fuga das Galinhas”. A animação, de forma simples e indireta, traz todo um contexto histórico importante para o aprendizado. Usar animais e estereótipos para mostrar uma mensagem sobre o nazismo, é algo que só vemos com sua totalidade quando revemos, mais velhos. Agora, em sua continuação, temos um dilema entre a maternidade e um debate ainda mais claro sobre como consumimos, seja alimentos ou mensagens.
Ginger agora vive isolada do mundo, junto com as demais galinhas, em uma ilha. Contudo, o que todas passaram no galinheiro ainda a assombra, causando pesadelos. Ainda sim ela decide ter uma família e sua filha, Molly, já nasce nesse local seguro. Acontece que, por medo de sua filha sofrer o que eles sofreram, Ginger tenta deixar a garota presa na ilha e aos poucos ela vai despertando o senso de liberdade que Ginger tinha. Sendo cria dela, é claro que ela foge da ilha. Mas ao encontrar humanos ela percebe que sua mãe estava sim tentando ajudar.
É de se esperar que quem viu o primeiro filme, hoje seja ao menos tio de alguém. Logo, trazer essa relação de proteção é natural e bem válido. Ainda mais quando, em grande parte, tentamos fazer diferente para que os mais novos tenham mais oportunidades ou uma vida melhor. Ainda, há o debate no abate. Afinal, existem sim locais que “deixam felizes” os animais apenas para que quando mortos, tenham um sabor melhor.
“Fuga das Galinhas – A Ameaça dos Nuggets” agrega sim a trama, mas está no nível do primeiro. Sem mais, nem menos.