Crítica: Hormônios a Flor da Pele
“Hormônios a Flor da Pele” é um filme da Netflix que traz para as telas a expressão de que talvez pensemos com as partes erradas.
Charly é zoado desde a infância por conta do tamanho de seu pênis. Agora, no ensino médio, tudo fica ainda pior já que é o momento em que as relações começam a ser exploradas. Todos estão atrás de seus ficantes e, principalmente, atrás de sexo. Ao seu lado temos apenas sua melhor amiga. Paula é toda extrovertida e tenta apoiar seu amigo. Um dia, enquanto estão no telhado, um raio cai próximo a eles e quando acordam, suas partes adquirem consciência e começam a sugerir suas ações em busca da primeira vez.
Pela proposta, era de se esperar que teríamos uma boa comédia, pelo menos. Vindo de uma plataforma que, dentre os títulos, há alguns que trabalham bem a temática sexual na adolescência. Mas aqui, isso não acontece. O humor não funciona, não é nem sarcástico, tão pouco o exagerado que poderia ser. O destaque fica para Paula, mas isso é perdido já que Charly é o protagonista.
Seus problemas são mais reais. Charly é o que ele diz no início, um nerd tímido que é zoado. Mesmo o bullying de Charly é deixado de lado por boa parte do filme, até que no final temos o momento de aprendizado dele. Os demais personagens não tem presença, são quase descartáveis. Até mesmo a crise no relacionamento dos pais consegue ser mais atraente que todo o elenco adolescente.
“Hormônios a Flor da Pele” é o tipo de produção que chama a atenção pela sinopse, mas que é esquecível logo após os primeiros 10 minutos. Um top 10, sim, mas pela imagem da tumb.