Crítica: Matrix – Reloaded
“Matrix – Reloaded” foi filmado junto com a terceira parte da trilogia e, provavelmente por isso, sofre do mesmo problema que vimos recentemente em “Duna“.
“Matrix” foi o sucesso que ninguém esperava. E, como dito na crítica anterior, é um filme completo que consegue deixar um encerramento nele mesmo. Mas sempre que uma grande aprovação e fortuna em bilheteria convergem, sequências são feitas. Entretanto, dessa vez é justo admitir que isso já estava nos planos das diretoras.
Reloaded começa meses após o fim do primeiro. Por conta de Neo e a esperança que traz, os sobreviventes se sentem melhor e o tratam como um messias. Porém, ainda existem céticos que, e com razão, estão preocupados com o avanço das máquinas. A maior ameaça é a invasão de Zion por elas e a consequente exterminação dos humanos. Mas esse é o problema no mundo real, na Matrix temos o Smith, que agora é um programa “livre” que vem agindo como um vírus e se multiplicando. Esse detalhe fica mais grave quando vemos que tais novos poderes fazem com que seu download seja feito em um corpo humano, ao “desplugar” a pessoa da Matrix.
Esse filme é longo, desnecessariamente, já que muitas cenas se prolongam. Principalmente a ação. Uma das maiores qualidades do primeiro filme era o equilíbrio entre as lutas e os papos filosóficos. Mas aqui é filosofia de menos e lutas de mais. A história avança devagar e só tem um desfecho quando somos apresentados ao “Arquiteto”. Esse é o programa responsável por criar a Matrix e descobrimos que essa não é a primeira. Até mesmo a crença do “escolhido” é implementada para fazer com que tudo funcione.
“Matrix – Reloaded” avança com a descrença da lenda, mas a crescente fé de/em Neo.