Crítica: Não Olhe
‘Não Olhe‘ é mais um filme que prova que as boas ideias, sem o apoio do roteiro e da direção, de nada valem. No filme conhecemos Maria, uma jovem que vem passando por problemas na adolescência. A mãe carinhosa não equilibra o fato do pai ser muito exigente. Na escola, ela sofre com as chacotas dos outros alunos e sua única amiga a deixa de lado por ciúmes. E claro, para completar ela está apaixonada pelo namorado dessa amiga.
No início temos uma cena com um ultrassom. Nele, vemos que temos dois bebês em formação, mas somente Maria é apresentada. Após a introdução, feita de forma rápida e objetiva, percebemos que a jovem tem problemas sociais e psicológicos.
Em uma das noites, ela se espanta com seu reflexo no espelho. Mas esse fato que deixaria qualquer um assustado, não a intimida, e a garota passa a interagir com o reflexo, chamado por ela de ‘Airam’, que a ajuda com seus problemas. Para quem não percebeu, ‘Airam’ é ‘Maria’ espelhado.
Assim que os conselhos parecem funcionar, a garota troca de lugar com seu reflexo. É nesse momento que vamos descobrindo as estranhezas e segredos familiares que deveriam ser o maior atrativo do filme. Porém, a forma que vai se desenrolando é desanimadora e confusa em alguns aspectos. Fora que em muitos momentos nos perguntamos “por que diabos você tá fazendo isso”?
Mas novamente o acerto está no encerramento. Numa cena em que somos levados ao início e vemos todo o conteúdo do filme. Uma pena que tais aspectos não estejam presentes no decorrer de todo o filme.
Infelizmente para a Paris Filmes, ‘Não Olhe‘ poderia muito bem se chamar ‘Não Assista‘. E que um dia, se resolverem recontar a história, que tenha todo o terror e drama que ela merecia.
Tem melhores
Não é dos melhores, mais dá pra assistir de boa.
O filme ficou mais para um suspense de adolescente, sem muito conteúdo.