“Novo Olimpo” é um filme quase biográfico, disponível na Netflix, que mostra uma história de amor como aquelas que só se vê em filmes.

Enea e Pietro se conhecem em um cinema que, por conta do preconceito, é mais um local de encontro para os gays. Enquanto um é um entusiasta do cinema, o outro estuda para se tornar um médico. Aos poucos, eles se atraem e se relacionam, mas isso ocorre no local certo e a hora errada. Após desencontros, ambos passam a se ver novamente em momentos futuros, até que um acontecimento coloca os dois nas vidas um do outro. Entretanto, agora, cada um tem sua vida estabelecida e, até mesmo, com parceiros.

A plataforma é constantemente criticada por oferecer produções, principalmente romances, que fogem da realidade. Isso não é diferente quando a trama é um romance LGBT+. Sendo assim, é de se perceber o motivo do filme ter se destacado. É uma produção “pé no chão”, que não deixa de mostrar a atração sem esquecer de como é o mundo real. Principalmente para a época que está sendo retratada, diga-se de passagem.

Ainda sim, um dos destaques está na maturidade que o roteiro deu aos personagens. Ainda jovens, o relacionamento dos dois rapazes evoluem de forma respeitosa, com cada um dando o espaço que o outro precisa. Mais tarde, eles seguem caminhos opostos. Enquanto um se abre e se declara publicamente, fazendo de sua vida uma inspiração, o outro toma o “caminho padrão’. Caminho esse que o faz ter um relacionamento hétero, que ao final, dá um destaque a esposa pela forma com que entende o marido e o deixa ir atrás daquele que é seu grande amor.

“Novo Olimpo” é envolvente, mas sua maturidade espanta um público que talvez queira uma fantasia.