Crítica: Round 6 – 2º Temporada
“Round 6” retorna com sua “2ª temporada” na Netflix que estava ansiosa para ganhar ainda mais engajamento com a Bonequinha da batata frita.
Seong Gi-hun vence o jogo mortal, dica rico para toda a vida, mas a culpa o impede de embarcar para uma nova vida. Alguns anos se passa e ele tem investido seu tempo e dinheiro em manter promessas e buscar por aquele homem que, um dia, o abordou e levou para os jogos. Uma hora essa dedicação dá frutos, mas para tentar impedir a organização ele se vê forçado em participar novamente dos jogos e tentar, dessa vez, impedir as coisas de dentro.
A primeira temporada é, até hoje, a produção mais vista da plataforma. Sendo assim, é claro que a Netflix esperava a continuação que, quando anunciada, gerou insegurança. Afinal, o próprio criador confirma que só faz pelo dinheiro. E sim, o final pode ser insuficiente, mas era um final válido. Agora, a segunda temporada é na verdade a metade do final, e tudo bem.
Dito isso, ainda bem que tivemos essa temporada. Ela é uma evolução natural das coisas e ensina que, mesmo repetindo fórmulas, dá para ser inovador e diferente. Temos mais personagens com pontos de vista e histórias, personagens inclusive entre os vilões. Contudo, o tempo também é feliz com essa temporada. Afinal em meio a jogos de apostas, “tigrinhos”, bets e outros vícios que tem endividado muitos enquanto poucos se divertem e lucram, se tirar os “Jogos Vorazes”, cada personagem ali diz muito sobre nossa sociedade.
“Round 6” é uma assustadora lembrança de que a arte imita a vida e a ficção pode prever alguns verdades cruéis.