Crítica: Todos Estão Falando Sobre Jaime
“Todos Estão Falando Sobre Jaime” é baseado em uma história real de um garoto que, inicialmente, só queria ir de vestido para o baile de formatura.
Jaime estuda em um colégio bem tradicional. Porém ele é gay, mas não só isso, bem afeminado e por tabela alvo de todo o preconceito que costuma vir junto. Em seu último ano no colégio, se preparando para o baile, ele comenta sobre seu sonho em ser um Drag e, com isso, pensa em ir montado para a festa. O que é uma ideia feliz no início, se revela um desafio e um momento de redescoberta do próprio Jaime sobre si mesmo e sua família.
Sua mãe sempre o apoia na suas escolhas, e seu pai também, aparentemente. Mais cedo descobrimos que, sendo divorciados, o seu pai já tem outra família e que todos os presentes e recados de suporte foram feitos por sua mãe. Afinal, como “qualquer pai”, um filho homem gay já é um problema, imagina sendo afeminado e Drag? Essa ruptura também ocorre quando Jaime passa a perceber que sempre foi ele, para além do seu personagem, que enfrentou tudo. Apesar da coragem maior, Jaime montado é algo para os palcos e funciona bem lá, não na vida. Logo, ainda vai para o baile, mas como Jaime e de vestido.
Apesar da temática interessante, não é um bom filme. Principalmente por ser considerado um musical, no qual nenhuma das músicas se torna marcante. Mas também seu desenrolar, que é desinteressante. O conflito familiar e na escola não conseguem prender nossa atenção. É também curto, ainda bem, mas isso faz com que os personagens secundários não tenham nenhum desenvolvimento. Única, talvez, sua melhor amiga, porém apenas pelo discurso final.
“Todos Estão Falando Sobre Jaime” é um título pretencioso, já que ninguém realmente está.