Crítica: Desconhecidos
“Desconhecidos“, da Paris Filmes, aparenta tentar inovar na sua forma de contar a história, mas acaba tornando tudo tedioso e desinteressante.
Um casal se encontra e rapidamente vemos que esse date não vai dar certo. Em meio a idas e vindas no tempo, já que tudo é mostrado de uma forma não linear, o filme tenta trazer um plot twist a casa 15 minutos. Contudo, para eles terem efeito, você precisa se conectar com os personagens e isso exige uma atenção que o filme não te incentiva ter. Afinal, de certa forma, toda hora temos algo novo, mas um novo desinteressante.
Então, logo o parágrafo de introdução resume tudo. Se no início você consegue se prender na trama, esse carinho se vai rapidamente. O filme se identifica como um triller psicológico, mas isso só se confirma se você estiver muito atoa na vida para investir tempo em esperar a trama ficar interessante.
A cada novo capítulo, temos uma morte. Suposta morte. Apesar de um pouco mais elaborado, pois são seres humanos dotados de fala, o ritmo lembra um jogo de Tom e Jerry. Temos um momento de interação, com ou sem outros personagens, que termina com uma ameaça tensa de uma das partes, mas é só isso. Pensando nesse filme, que tenta soar cult, só me faz dar valor aos filmes genéricos que saem todo ano e ninguém ouve falar.
“Desconhecidos” é o nome aqui no Brasil, no original é “Strange Darling”, mas temos que elogiar quem decidiu por esse nome, afinal ele reflete bastante o lugar para onde esse filme vai, antes até mesmo da exibição.