Crítica: Dia do Sim
“Dia do Sim“, da Netflix, traz a sensação: “tô meio atoa, vou assistir”. Entretanto, uma criança livre não gera certeza de desastre.
É de se esperar que a rotina familiar seja estressante. No filme quem ganha o papel de vilã é a mãe. Mas antes ela era a pessoa “descolada”, dizendo sim para tudo. Porém, após se casar e ter filhos, passa a negar praticamente tudo. Já o pai é dito como o “legal”, que nunca diz “não”. Já para as três crianças, como ilustrado na cena da reunião, a mãe é uma ditadora cruel e sem piedade. Tentando mudar esse cenário, ela propõe um dia onde tudo é permitido, quase sem restrições.
Porém, o mais interessante está no entorno de cada personagem. Em casa o pai é o legal, mas no trabalho é ele quem diz não. Já a mãe procura um emprego e é dispensada, tendo um ótimo currículo, por já ter filhos. Mas dentre os filhos, o destaque maior está na mais velha, que começa a viver a adolescência. A menor é uma fofura e o do meio, um gênio louco!
Entre a mãe e a mais velha os atritos são maiores. Afinal, ela é uma adolescente que quer espaço e a mãe protetora acaba não dando. Assim, na proposta desse dia especial, ainda temos uma aposta entre as duas. Interessante é notar que o pai é quem acaba cedendo a tentação do trabalho e pensa em desistir. Mas mais legal ainda é a mãe se impor e abrir mão do papel do “não”.
“Dia do Sim” claramente iria caminhar para o momento no qual as crianças iriam se arrepender. Mas é aqui que o filme sai um pouco da realidade. Afinal, as crianças certamente podem ser mais inteligentes e responsáveis que seus pais.
Bom.