Crítica: Drop – Ameaça Anônima
“Drop – Ameaça Anônima” mergulha o espectador em um thriller contemporâneo que parece saído dos nossos piores pesadelos digitais. Violet (Meghann Fahy), uma mãe viúva tentando recomeçar, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando um aplicativo inofensivo de compartilhamento de arquivos — o “Drop” — se transforma em uma ferramenta de terror anônimo. Ameaçada por um remetente invisível que usa a proximidade física como arma, sua luta desesperada para proteger os filhos é o coração pulsante do filme.
Christopher Landon constrói uma atmosfera de tensão sufocante, onde a paranoia digital e o medo do desconhecido se entrelaçam de forma eficaz. Meghann Fahy brilha como Violet, transmitindo uma angústia palpável que nos faz torcer por ela a cada decisão arriscada. Brandon Sklenar, como Henry, adiciona uma ambiguidade intrigante, deixando o público constantemente em dúvida sobre suas reais intenções.
O roteiro acerta ao explorar a vulnerabilidade da nossa dependência tecnológica, transformando gestos cotidianos — como receber um arquivo no celular — em fontes de puro terror. A premissa é inteligente e atual, ainda que alguns momentos dependam de escolhas narrativas um pouco forçadas, quebrando temporariamente a imersão. Mesmo assim, o suspense nunca perde o fôlego, e a busca pela identidade do antagonista mantém o interesse até o final.
No fundo, a Universal com “Drop – Ameaça Anônima” entrega um espelho das ansiedades da nossa era. A combinação de uma protagonista carismática, uma direção claustrofóbica e um tema Recomendo para quem gosta de suspense com um pé no mundo real, onde o verdadeiro vilão pode ser a tecnologia que carregamos no bolso.”
Texto original por Filipe Coelho, adaptação por Frednunes