Crítica: Enola Holmes 2
“Enola Holmes 2” continua a história proposta, mas é de certa forma um filme que anula todo o desenvolvimento do primeiro.
No primeiro filme Enola foi atrás de seus instintos, desvendou o mistério e mostrou para todos sua capacidade. Porém, parece que de nada adiantou. Afinal, começamos o filme com Enola tentando estabelecer seu próprio negócio de investigação, mas que sempre é comparada a seu irmão e questionada quanto ser menina, jovem e se é capaz. Vemos, inclusive, que seu caso com o jovem Tewkesbury também foi creditado para Sherlock.
Ela estava quase desistindo até uma jovem garota pedir ajuda para encontrar sua irmã desaparecida. Essa trama então leva até uma fábrica de fósforos, suspeitas de corrupção e os envolvidos vão desde as jovens vítimas até os poderosos do governo. Entretanto, tudo poderia sim ser o caso de Enola, mas quando as pistas unem o desaparecimento a uma série de desvios de dinheiro, Sherlock participa ao ter seu caso mais desafiador unido ao de sua irmã. E, como antes, ela fica a sombra dele.
O filme repete as façanhas que fez do primeiro especial e divertido. Contudo, também repete os erros. Novamente temos Sherlock Holmes como uma figura central, mesmo não devendo e tentando não ser. Por mais que o filme se esforce em mostrar Enola, a imagem do irmão como o salvador acaba se sobressaindo. Dessa forma, temos sob outra maquiagem, a trama do primeiro filme novamente.
“Enola Holmes 2” é divertido e deixa ganchos para que no futuro, tenhamos mais continuações. Mas, certamente, tem que aprender a deixar a imagem de Sherlock para coadjuvante.