Crítica: Escola de Quebrada
“Escola de Quebrada” é uma produção nacional da Paramont+ que é um bom filme de ambiente escolar, no nível de outros que crescemos assistindo.
Luan é um estudante de uma escola pública de São Paulo. Na tentativa de chamar atenção da garota que gosta, decide mudar seu visual. É assim, enquanto vemos sua jornada, que somos apresentados ao ambiente escolar que está inserido, as regras desse universo e as formas que as relações acontecem. Conhecemos então crushs, campeonatos internos e até um grêmio estudantil.
Por ser uma pessoa que cresceu com, e assiste até hoje, produções escolares de diversos países, é bom ver uma com essa qualidade e nacional. Temos todos os elementos clássicos como os professores, diretores, grupos de alunos e/ou questões familiares, mas direcionadas as realidades do Brasil. Sendo assim, se nas outras produções temos uma empatia por ter vivido aquilo, em parte, aqui é certo que esse aspecto é um dos mais interessantes do filme.
Contudo, e aqui fica ainda mais pessoal, tive uma dificuldade em assistir o filme. Ao longo dele são usadas, e admito que deva ser a realidade, uma infinidade de gírias e expressões. E, ainda que compreensível, me pego questionando se é assim mesmo que os jovens conversam. Não são gírias, o sentimento era de ver um filme estrangeiro sem legenda, de um idioma que sequer tenho referências.
“Escola de Quebrada” tem um trama interessante, leva tudo com muito bom humor e seu foco é mesmo o público que consome produções da Kodzilla. Assim como eu não entendo muito do que falam, certamente o mesmo pode ocorrer se o público alvo procurar por produções como documentários.