Crítica: Eternos
“Eternos” é um filme que não dava para imaginar as surpresas que a Marvel guardava para seus espectadores. Entretanto, envolto de críticas, acredito que muito se deu pelo tempo do lançamento. Afinal, é a introdução de todo um novo grupo, em um momento em que todos querem um “Ultimato” a cada lançamento.
Dentre todas as produções do estúdio, creio que esse filme é o mais “diferente”. Claro, temos a famosa “fórmula Marvel”, que apesar de questionável é também a característica do estúdio. E, sem contar que, vem funcionando, pois é um sucesso atrás do outro. Acontece que aqui temos um foco em um elenco com nomes já famosos. Atores renomados do cinema, e também das séries, dividem espaço com outros estreantes no universo, e até na atuação. E sem mencionar a diretora, que levou recentemente um Oscar pelo seu trabalho na direção.
Há também um grande debate sobre humanidade, e as conexões que levamos para nossa vida. Ter uma raça alienígena que está no planeta desde seus primeiros resquícios de humanidade, nos dá um ângulo de visão diferente. Afinal, são seres poderosos, já com um conhecimento e tecnologia superiores, que estão aqui para defender, mas não intervir na dinâmica que desenvolveria a sociedade atual.
Reflexão sobre as guerras e os conflitos humanos são debatidos, enquanto temos cenas de afeto explícitas. Filme de herói, seja Marvel ou DC, já há muito não é considerado para crianças. Logo, ter um casamento e uma cena de sexo, não é um absurdo. Tão pouco um beijo gay em tela, centralizado, e não ao fundo da cena ou comentado nos bastidores e entrevistas.
“Eternos” traz uma ameaça cósmica de poderes superiores as joias do infinito. Mas, infelizmente, muitos fãs da Marvel não sabem lidar bem com algo além da luta com poderes e destruição.
Tô doido pra ver esse filme